A dieta adequada deve se basear nas leis da alimentação propostas por Escudero, em 1937. São elas: qualidade, quantidade, harmonia e adequação. A alimentação deve ser equilibrada, quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, harmoniosa nos seus componentes e adequada à sua finalidade e ao organismo que se destina.
Portanto, é impossível realizar a prescrição de dietas e cardápios que realmente atendam as necessidades individuais se o profissional não conhece seu público. Logo, devemos ter muito cuidado com dietas de revistas, sites e afins…planos alimentares que são divulgados por aí, que prometem mundos e fundos sem considerar a individualidade bioquímica. Ao mesmo tempo que um indivíduo pode ter sucesso momentâneo com alguma dessas propostas, outros podem exacerbar ainda mais falhas nutricionais em seu organismo e favorecer o desenvolvimento de patologias.
Como é tecnicamente impossível darmos fórmulas mágicas, seguem algumas dicas de alimentos que devem constar na nossa dieta diariamente. Estes alimentos possuem caráter anti-inflamatório e assim, favorecem o bom funcionamento do organismo:
Vegetais como agrião, brócolis, couve-chinesa, couve-de-bruxelas, couve-manteiga, couve-flor, nabo, rabanete, rábano, repolho, rúcula, mostarda são ricos em glicosinolatos e isotiocinatos que auxiliam no funcionamento do fígado, na excreção de toxinas e diminuem a inflamação, facilitando, por exemplo, a perda de peso.
O arroz integral é rico em orizanol, que promove aumento da vascularização capilar: diminui a deposição de toxinas no organismo.
Azeite de oliva extra virgem, óleo de macadâmia e oleaginosas (castanha-do-brasil, castanha de caju, amêndoas, pistache, avelã, nozes) são ricos em ácidos graxos do tipo ômega 3, ômega 7 e ômega 9, responsáveis por diminuir a inflamação e a formação de radicais livres, previnem, portanto, envelhecimento precoce, câncer e doenças do coração. Uma boa dica é acrescentar ramos de alecrim ao azeite extra-virgem, potencializando o efeito antioxidante de ambos. Outra dica é fazer um mix de óleos como por exemplo, 1/3 de óleo de canola, 1/3 de azeite extra-virgem e 1/3 de óleo de macadâmia. Assim garantimos a presença de todos os ômegas e suas propriedades importantes para o organismo ao temperar nossa salada.
Ervas e temperos como o açafrão, alecrim, gengibre, pimenta, tomilho, canela, orégano, hortelã, salsinha e manjericão têm um potencial antioxidante bastante importante. Uma colher de chá de orégano fresco, por exemplo, tem potencial antioxidante de 42 maçãs, que também é um importante alimento com esta função. Além disso, as ervas diminuem a inflamação no organismo e têm propriedades antifúngicas e antibacterianas
Hortaliças e frutas amarelas, verdes e laranjas são ricas em carotenóides e, as vermelhas são ricas em licopeno. Todas essas substâncias também são antioxidantes.
A maioria das frutas e vegetais são fontes de vitamina C, a qual terá função antioxidante assim como a vitamina E (presente nas oleaginosas e óleos vegetais), além de fortalecer o sistema imune.
A aveia é rica em beta-glucana, que diminui o colesterol. É fonte também de avenatramida que, além de ser antiinflamatória tem potencial antioxidante. Os indivíduos que são sensíveis ao glúten devem evitar o consumo deste alimento.
A linhaça é rica em ácido graxos essenciais como o poliinsaturado α-linolênico (pertencente à família ω 3) que responde por 50% dos lipídeos da linhaça, mais o ácido graxo linoléico (da família ω6), além de lignanas, que auxiliam na manutenção da saúde óssea e cardiovascular. A linhaça deve ser consumida triturada (triture pequenas quantidades e armazene em vidro âmbar).
Para se ter o efeito modulador dos alimentos funcionais, é importante que pelo menos um deles esteja presente em todas as refeições. E, para este efeito positivo, é essencial que os intervalos entre as refeições sejam de, no máximo, três horas.
Fonte: Nutrição Funcional (http://www.sigasuadieta.com.br/tag/nutricao-funcional/
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