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14 outubro 2010

Os talentos do cérebro maduro


Sabe aquele lapso de memória e os problemas de desatenção que, dizem, vêm com a idade? Esqueça-os! Saiba que, a partir da meia-idade, a massa cinzenta passa a raciocinar melhor e está muito mais bem preparada para tomar decisões do que aos 20 anos.

O jogador de futebol experiente não tem a mesma vitalidade do início de sua carreira. Depois de certa idade, ele perde velocidade e explosão. Em compensação, coloca-se melhor em campo e toca a bola com mais sabedoria. Afinal, já conhece os atalhos do gramado e faz a pelota rolar em vez de correr atrás dela. Também consegue antever as jogadas e, por isso, está sempre no lugar certo e na hora certa para fazer um gol ou receber um passe. É como se as informações acumuladas pelo boleiro ao longo dos anos suprissem a falta daquela mobilidade do rapaz de 20. Com o nosso cérebro acontece algo parecido. A partir da quarta ou quinta década de vida, a memória às vezes falha e a velocidade de processamento das informações tende a cair. Porém, nada disso impede que esse piloto do corpo humano fique ainda mais eficiente do que já era, conforme revela no livro The Secret Life of the Grown-up Brain: The Surprising Talents of the Middle-Aged Mind (A Vida Secreta do Cérebro Adulto: Os Talentos Surpreendentes da Mente na Meia-Idade), de Barbara Strauch, editora de saúde do jornal americano The New York Times.

Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, a obra analisa uma série de pesquisas que desvendam o cérebro maduro, na faixa entre 40 e 70 anos, e conclui que uma cabeça que pode ser até grisalha num corpo saudável reconhece com maior profundidade ideias centrais, compreende significados que não entenderia se fosse jovem e encontra soluções num zás-trás. Ou seja, a despeito de distrações e afins, a massa cinzenta na meia-idade raciocina melhor e é mais criativa. “O cérebro é praticamente o mesmo, com transformações quase imperceptíveis”, opina o neurocientista Martín Cammarota, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. “O que muda é a mente, que é produto da vivência. Por isso acredito que o cérebro humano, ao envelhecer, compensa sua maior lentidão com a experiência adquirida.”

Para o biólogo e neurocientista brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o segredo do talento do cérebro maduro está no bom senso. Muotri acredita que, quanto mais experiente for ele, maiores as chances de seu dono tomar decisões acertadas. “Mas é curioso notar que maturidade tem mais a ver com vivência do que com o tempo”, diz o pesquisador. “Um jovem que viajou o mundo e se expôs a choques culturais, ou que aprendeu cedo a lidar com suas angústias, pode ter um cérebro considerado maduro e, portanto, com melhor capacidade cognitiva e decisiva.” Ele continua: “O tempo, fisiologicamente falando, tem uma contribuição relativamente menor, já que o processo de envelhecimento reduz o número de neurotransmissores e torna circuitos neuronais mais lentos, causando aquela demora para nos lembrarmos, por exemplo, do nome de um filme”.

Muita gente, no entanto, ainda associa velhice a declínio de cognição. Segundo o neurologista Ricardo Teixeira, diretor do Instituto do Cérebro de Brasília, o envelhecimento provoca perdas irrisórias ao cérebro, tremendamente discretas se comparadas à riqueza de conexões neuronais que um indivíduo forma no decorrer da vida. “Até 60 ou mesmo 70 anos, os problemas de memória, atenção, fluência verbal ou execução de pequenas tarefas estão relacionados a excesso de estresse, desequilíbrio emocional, sono desregrado, alimentação desbalanceada e, principalmente, sedentarismo”, alerta. Nada a ver com a idade, tudo a ver com o estilo de vida.

A ciência também tem mostrado que a saúde do organismo como um todo se reflete no cérebro. Ou seja, o bem-estar do corpo favorece as funções mentais. Nesse sentido, o exercício físico tem mesmo um papel fundamental. Mas não qualquer exercício, e sim aquele que é feito voluntariamente. “O prazer é fundamental para quem busca saúde da mente”, reforça a educadora física Andréa Camaz Deslandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aliás, divertir-se é a melhor receita para manter a massa cinzenta ativa e saudável. Afinal, produz mais neurônios, mesmo após os 40, quem valoriza o lazer, o convívio social, as atividades desafiadoras, enfim, a qualidade de vida. “O cérebro é plástico e continua sempre mudando, o que lhe garante uma crescente complexidade de conexões e uma compreensão cada vez mais profunda das coisas”, escreve Barbara Strauch.

Ative sua mente
Para quem quer sempre aprender algo novo, as conexões nervosas do cérebro não oferecem limites. O envelhecimento só compromete a saúde mental de pessoas que abdicam dos desafios da vida. O exercício físico e o convívio social são o segredo para manter a massa cinzenta sã e sempre afiada. Abaixo algumas sugestões para deixá-lo melhor a cada dia:

» Faça um exercício que lhe dê prazer. Caminhar, pedalar, nadar, escalar... Tanto faz. O importante é fazer por vontade própria, não por obrigação.

» Alimente-se adequadamente. Uma dieta balanceada, com porções e horários apropriados, garante saúde física, emocional e intelectual.

» Tenha um hobby. Pode ser braçal ou intelectual. O importante é que ele lhe traga satisfação e bem-estar. Isso estimula o cérebro.

» Jogos que envolvem desafio mental e recompensa ajudam a renovar suas conexões cerebrais.

» Zele por suas amizades e cuide do seu namoro ou casamento. Somos seres sociais e o cérebro evolui com trocas culturais.

» Aprenda sempre coisas novas e enfrente pensamentos contrários ao seu. O prazer de explorar o desconhecido edifica a mente. É uma forma de sacudir as sinapses.

» Durma pelo menos sete horas por noite. O sono revitaliza o cérebro e ajuda a processar as informações adquiridas durante o dia.

» Fuja de automedicação e drogas em geral. Muitas substâncias agem no sistema nervoso central e podem afetar as funções cerebrais.

O que acontece com o cérebro em cada fase da vida e como se comporta seu dono nelas:

Infância
O cérebro nasce com cerca de 280 gramas e começa a crescer. Nessa primeira fase, ele está em formação, ainda procurando conexões corretas. A criança vasculha indícios do que é certo ou errado por meio das referências culturais. Ela tenta imitar os adultos e aprender com eles, buscando sempre apoio ou aprovação. A massa cinzenta, então, libera hormônios agradáveis quando o pequeno descobre que fez algo correto.

Adolescência
A partir da primeira década de vida, o jovem já não se restringe ao universo familiar e começa a buscar respostas do resto do mundo. O certo e o errado perdem clareza e as coisas se complicam. Soma-se a isso o enorme fluxo de hormônios responsáveis pelo amadurecimento sexual. Banhado nesse caldo, o cérebro torna-se ultrassensível. Aos 20 anos, ele atinge aproximadamente 1,2 quilo.

Maturidade
Com o passar dos anos, os hormônios sexuais se esvaem e a maioria das redes nervosas já está estabelecida. Resta ao adulto a plasticidade cerebral, que é a capacidade de se ajustar a novas situações, principalmente com mecanismos de formação de novos neurônios. A perda de células nervosas e de neurotransmissores acontece, mas sem impacto significativo nas funções mentais. O cérebro adulto pode perder até 10% do seu peso.

Por Giuliano Agmont para a revista Saúde é vital

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